A proposta da presidente Dilma Rousseff de convoca��o de uma constituinte exclusiva para fazer a reforma pol�tica n�o encontra consenso entre os senadores. O l�der do governo, Eduardo Braga (PMDB-AM), lembrou a grande quantidade de projetos sobre o tema no Senado, mas reconheceu que a ideia de pacto entre a sociedade e as institui��es, levantada pela presidente, pode impulsionar o debate do tema.
O senador Pedro Taques (PDT-MT) tamb�m se disse favor�vel � constituinte exclusiva. Ele questionou a capacidade do Congresso atual realizar a reforma pol�tica.
- Os interesses aqui podem ser outros � afirmou.
Taques disse que a tarefa de alterar a legisla��o eleitoral e partid�ria ainda n�o foi cumprida por falta de vontade pol�tica.
O senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) disse que � poss�vel dar uma resposta � sociedade com a discuss�o e aprova��o de proposi��es que j� tramitam no Congresso. Ele prop�s a formula��o de uma agenda, em di�logo com os manifestantes, para aperfei�oar o sistema pol�tico.
- N�s temos alguns projetos que, independente de uma discuss�o mais profunda de reforma pol�tica, podem e devem ser adotados imediatamente, em uma agenda propositiva a ser discutida por todos os l�deres � disse.
Senadores dos maiores partidos de oposi��o fizeram duras cr�ticas � proposta de Dilma. De acordo com A�cio Neves (PSDB-MG), o governo n�o reconhece seus equ�vocos e busca transferir a culpa dos problemas do Brasil. Ele disse que a presidente buscou dividir a responsabilidade com governadores e prefeitos, �esquecendo que o PT governa o Brasil h� mais de dez anos�.
O senador Jos� Agripino (DEM-RN) disse que n�o � necess�rio plebiscito ou constituinte para fazer a reforma pol�tica, apenas vontade do pr�prio governo.
- Basta que o governo queira e mande sua base votar. O que acontece � que o governo manda que sua base n�o vote. E assim, n�o tem defini��o sobre a reforma pol�tica � afirmou.
Por Ag�ncia Senado