Quarto maior mercado global de ve�culos e com potencial para se tornar o terceiro nos pr�ximos anos, o Brasil busca alcan�ar posi��o semelhante em produ��o no setor.
Na lista global dos produtores de ve�culos, o pa�s ocupa o s�timo lugar, atr�s de Coreia, �ndia e Alemanha, al�m de EUA, China e Jap�o, que lideram tamb�m em vendas.
A dist�ncia entre as duas coloca��es foi repetida � exaust�o por autoridades e representantes das montadoras na divulga��o da nova pol�tica industrial do setor, em outubro, como forma de justificar a rigidez das medidas. A pol�tica vigorar� at� 2017 e tem como principal exig�ncia o uso de conte�do nacional para al�vio tribut�rio.
"Temos que diminuir essa diferen�a", disse o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, no an�ncio.
N�o ser� uma batalha f�cil, segundo proje��es de duas consultorias do setor.
A despeito de um avan�o esperado de at� 40% para 2017, o Brasil deve alcan�ar apenas a Coreia, �nico dos grandes produtores com proje��o praticamente est�vel. A IHS Automotive aponta uma produ��o de 4,45 milh�es de unidades no Brasil em 2017, ante os 3,38 milh�es estimados para o fim de 2012.
O n�mero � similar ao projetado para Coreia (4,44 milh�es), mas ainda abaixo de Alemanha (6 milh�es) e �ndia (6,5 milh�es), os dois mais pr�ximos do Brasil.
A Roland Berger tra�a dois cen�rios. No otimista, a produ��o de ve�culos leves chegaria a 5,2 milh�es. No conservador, a 4 milh�es. Para o s�cio da consultoria, Stephan Keese, o mais prov�vel � um n�mero no meio dos dois --cerca de 4,6 milh�es--, ante os 4,7 milh�es estimados pela consultoria para a Coreia no mesmo ano.
Para consultores, a trava para um avan�o maior � o baixo n�vel de exporta��es.
"Em produ��o, o Brasil � mais ou menos uma ilha. Muito focado pela demanda nacional e pouco pela exporta��o", afirma Keese. Segundo ele, o pa�s poderia triplicar as vendas ao exterior caso conseguisse diminuir custos b�sicos de produ��o, log�stico e tribut�rio.
"Eu n�o vejo nada no novo regime que ajude as empresas a reduzir custos. � uma pena porque o Brasil tem compet�ncia para se tornar r�pido um grande produtor global de carros populares."
Pouco mais de 10% da produ��o � hoje destinada hoje �s exporta��es, que ca�ram quase pela metade desde o pico registrado em 2005, com perdas de mercado como Alemanha, �frica do Sul e Venezuela.
"J� fomos um grande exportador. Ao final do programa, o Brasil vai estar apto a competir novamente com os grandes mercados", disse Cledorvino Beilini, presidente da Anfavea (associa��o das montadoras) na divulga��o do novo regime.

Por Gabriel Baldocchi - Folha de S. Paulo