Expectativa consensual dos analistas � de uma nova alta de 0,5 ponto. Se confirmada previs�o do mercado, poupan�a voltar� a render igual antes.
O Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) do Banco Central tem nesta ter�a-feira (27) o seu primeiro dia de reuni�o em Bras�lia. No encontro de hoje, os chefes de Departamento fazem apresenta��o sobre o cen�rio econ�mico e, na segunda parte da reuni�o, marcada para esta quarta-feira (28) de tarde, ser� definido o n�vel da taxa b�sica de juros da economia. O an�ncio sobre o patamar da Selic acontecer� na noite desta quarta-feira (28).
Atualmente, os juros b�sicos est�o em 8,5% ao ano, depois de terem subido em tr�s oportunidades desde abril deste ano. A expectativa consensual dos economistas dos bancos � de uma nova alta nesta quarta-feira, para 9% ao ano. Se confirmado, ser� o quarto aumento consecutivo, que levar� a taxa ao maior patamar desde mar�o de 2012.
A eleva��o dos juros b�sicos tem por objetivo conter as press�es inflacion�rias. Em doze meses at� julho, o IPCA, que serve de refer�ncia para o sistema de metas de infla��o brasileiro, somou 6,18%. Pelo sistema de metas que vigora no Brasil, o BC tem de calibrar os juros para atingir as metas pr�-estabelecidas. Ao subir os juros, o BC atua para controlar a infla��o e, ao baix�-los, julga, teoricamente, que a infla��o est� compat�vel com a meta.
Para 2013 e 2014, a meta central de infla��o � de 4,5%, com um intervalo de toler�ncia de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Deste modo, o IPCA pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida.
Segundo a estimativa dos economistas dos bancos, esta alta dos juros, programada para esta semana, n�o dever� ser a �ltima deste ano. O mercado previu, na semana passada, que os juros atingir�o 9,5% ao ano no fim de 2013 - o que embute um novo aumento de 0,5 ponto percentual em outubro deste ano.
Poupan�a
Caso o BC suba os juros para 9% ao ano nesta quarta-feira, a caderneta de poupan�a voltar� a ter um rendimento de 6,17% ao ano independente da varia��o da Taxa Referencial (TR), ou seja, a "nova poupan�a" (aplica��es de 4 de maio de 2012 em diante) voltar� a ter a corre��o que existia antes das altera��es de regras.
A mudan�a na remunera��o da poupan�a aconteceu em maio do ano passado. Com as altera��es, o rendimento passou a ser atrelado aos juros b�sicos da economia, rendendo 70% da aplica��o, mais a Taxa Referencial, quando a taxa b�sica fixada pelo Banco Central estiver igual ou abaixo de 8,5% ao ano, para as novas aplica��es.
Dados do Fundo Garantidor de Cr�dito (FGC), consolidadas pelo Banco Central, mostram que a caderneta de poupan�a continua atraindo milh�es de pessoas. No fim de 2012 (�ltimo dado dispon�vel), 108,9 milh�es de pessoas possu�am valores depositados na caderneta de poupan�a. Os n�meros mostram que houve crescimento no ano passado, mesmo com a altera��o nas regras do rendimento da poupan�a, visto que, no fechamento de 2011, o n�mero de poupadores estava em 97,9 milh�es de pessoas.
Por G1