Sobe número dos que não trabalham nem procuram emprego, diz IBGE

Com�rcio est� em alta em cen�rio de emprego est�vel. 'A ind�stria n�o est� gerando postos', diz t�cnica.

A Pesquisa Mensal de Emprego, divulgada nesta quinta-feira (21) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE) mostrou um quadro est�vel no mercado de trabalho - taxa de desemprego de 5,2% -  mas apontou para o claro aumento da popula��o n�o-economicamente ativa, aqueles que n�o trabalham e que n�o est�o procurando emprego, que somou em outubro um total de 18,4 milh�es de pessoas.

Na compara��o com outubro de 2012, foi um aumento de 3,5%, significando mais 623 mil pessoas que n�o trabalham nem est�o � procura de emprego.

�A popula��o inativa �, sobretudo, composta por jovens e idosos. N�o trabalha, n�o estuda e n�o procura. Tem boa parte dessa popula��o com idade de 18 a 24 anos, mas n�o posso atribuir isso (o aumento na inatividade) integralmente a esse contingente de jovens. A gente sabe que a taxa de desemprego � maior entre eles�, ressaltou a t�cnica da Coordena��o de Trabalho e Rendimento, Adriana Beringuy.

Adriana explica que essa situa��o ainda tem que ser estudada uma vez que nesse grupo dos n�o-economicamente ativos, que totaliza 18,4 milh�es, a maioria de 16,7 milh�es � composta por um subgrupo de pessoas que n�o t�m interesse em ingressar no mercado de trabalho e recusariam uma oferta de emprego que surgisse. Esse subgrupo em outubro aumentou 4,9% em rela��o ao mesmo m�s do ano passado. Em setembro, o �ndice foi de 3%.

Segundo Adriana, o subgrupo dos que est�o no desalento, aqueles que ap�s muita procura de empregro desistiram da busca, v�m diminuindo. Para ela, resta saber ainda, com futuras pesquisas, para onde essa popula��o vai migrar: se vai tentar a volta ao mercado ou engrossar o grupo dos que n�o trabalhariam nem que houvesse chance.  Ela tamb�m n�o tem explica��es para o comportamento desse grupo.

"Os n�meros efetivos do desalento est�o reduzindo. As pessoas que perderam a expectativa de conseguir uma vaga no mercado t�m diminuido. O que aumenta s�o pessoas que n�o trabalham nem gostariam, talvez por condi��es econ�micas", diz ela.

Nesse grupo podem ser consideradas mlheres que optaram por assumir o papel de dona de casa de forma integral, estudantes, pessoas que se preparam para concursos p�blicos, por exemplo

Mercado est�vel

O recuo na taxa de desemprego em outubro, de 5,2% ante os 5,4% registrado em setembro, configuram um cen�rio de mercado de trabalho est�vel, Adriana.

Ela explicou que todos os ramos de atividades mostraram quadro est�vel tamb�m com exce��o do com�rcio que mostra tend�ncia de alta com 164 mil novos trabalhadores no setor em outubro. Mas a t�cnica diz que esse aumento ainda n�o pode ser atribu�do �s contrata��es de tempor�rios para o Natal, o que s� poder� ser confirmado ap�s as pesquisas de novembro e dezembro.

Outra tend�ncia que v�m se confirmando ao longo dos meses em 2013 � a queda no n�mero de trabalhadores dom�sticos: comparando com outubro de 2012, s�o menos 127 mil empregados na �rea, com rendimento 1,4% maior, na mesma compara��o. Isso porque, os trabalhadores desse segmento est�o partindo para outras op��es de trabalho mais qualificadas e mais bem remuneradas, segundo o IBGE, principalmente entre os empregados mais jovens.

A ind�stria continua demitindo, mas em grau ainda n�o relevante em termos estat�sticos, segundo Adriana. O segmento demitiu 90 mil em outubro, com queda tamb�m no rendimento m�dio, de 0,6%, na compara��o com a renda registrada em setembro. Segundo Adriana, a ocupa��o na m�dia da ind�stria nos dez primeiros meses de 2012 foi de  0,2%; j� a mesma m�dia em 2013 ficou em 0%.

 "A ind�stria n�o est� gerando postos. A ind�stria efetivamente teria que estar ofertando produtos para o com�rcio, se formos nos basear apenas no efetio calend�rio, com a proximidade do Natal. A ind�stria n�o reprisa comportamentos anteriores, mas n�o temos como avaliar o impacto na empregabilidade. O com�rcio e os servi�os t�m absorvido grande parcela de trabalhadores", disse Adriana.

Desemprego sobe em Salvador

Na an�lise da desocupa��o por regi�es, o IBGE informa que n�o houve varia��o siginificativa em rela��o ao m�s anterior, no entanto, na compara��o com outubro de 2012, os destaques ficaram com Salvador (de 7,0% para 9,1%) e Porto Alegre (de 3,9% para 3,0%) - foi o menor valor da s�rie hist�rica da pesquisa, iniciada em mar�o de 2002.

A quantidade de pessoas desocupadas - n�o o �ndice - n�o mostrou varia��o significativa nas regi�es pesquisadas, segundo o IBGE, na compara��o mensal. J� na anual, foi registrada alta em Salvador (33,5%), queda em Porto Alegre (23,4%) e estabilidade nas outras regi�es.

Quanto � a popula��o ocupada, foi registrada varia��o "significativa" apenas na regi�o metropolitana de Belo Horizonte, com alta de 1,4% no m�s e queda de 2,5% no ano.

A pesquisa tamb�m analisa o desemprego por grupos de atividades. Na passagem de setembro para outubro, a popula��o ocupada aumentou apenas no com�rcio (3,9%). Na compara��o com o ano anterior, o IBGE destaca a queda em servi�os dom�sticos (-8,4%).

Por G1