Expectativa do mercado � que Selic avance para 10,25% ao ano. Pressionado pela infla��o, Copom anuncia decis�o nesta quarta-feira (16).
Pressionado pelo n�vel acima do esperado da infla��o no ano passado, o Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) do Banco Central dever� elevar, nesta semana, a taxa b�sica de juros da economia brasileira para acima dos atuais 10%.
Em 2013, o �ndice de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulou alta de 5,91%, acima do esperado e do valor registrado no ano anterior, frustrando o BC e o objetivo final do governo.
O Copom, respons�vel por fixar a Selic � atualmente em 10% (maior patamar desde mar�o de 2012) � faz nessa quarta-feira (15) a segunda parte da reuni�o que deve decidir a nova taxa. A decis�o ser� anunciada ap�s as 18h.

A expectativa do mercado financeiro � que a taxa avance mais 0,25 ponto percentual, para 10,25% ao ano, segundo Pesquisa Focus da autoridade monet�ria divulgada na segunda-feira. Alguns economistas, entretanto, n�o descartam a possibilidade de manuten��o do ritmo de aperto monet�rio e nova alta de 0,5 ponto, em raz�o do resultado do IPCA de dezembro.
O mercado elevou a estimativa para a infla��o em 2014 para 6%. Segundo os economistas, os riscos de alta v�m principalmente da valoriza��o do d�lar ante o real por conta das incertezas em rela��o ao est�mulo monet�rio dos Estados Unidos, al�m da robustez do mercado de trabalho brasileiro.
Para o ano, os agentes do mercado financeiro preveem juros b�sicos de 10,5%, patamar que, na vis�o dos economistas das institui��es financeiras pesquisadas pelo BC, dever� ser alcan�ado j� em fevereiro, com mais um aumento de 0,25 ponto percentual. Para 2015, a perspectiva � de 11,5%.
Fatores de press�o inflacion�ria
Segundo o presidente do BC, Alexandre Tombini, a infla��o mostrou resist�ncia "ligeiramente acima" do esperado. "Essa resist�ncia da infla��o, em grande medida, se deveu � deprecia��o cambial ocorrida nos �ltimos semestres, a custos originados no mercado de trabalho, al�m de recentes press�es no setor de transportes", avaliou.
Segundo economistas, em 2014 haver� uma press�o maior sobre os chamados "pre�os administrados" (�nibus interestaduais, energia el�trica, �gua, planos de sa�de e telefonia, entre outros), visto que, neste ano, houve crescimento menor com a reten��o de alguns reajustes � como as tarifas de �nibus.
A pol�tica fiscal, respons�vel pela condu��o dos gastos p�blicos, tem sido outro fator de presss�o. Mesmo que o governo escolha ser mais zeloso com o dinheiro p�blico neste ano, n�o sobra espa�o para colaborar com a queda da infla��o. O ministro da Fazenda, Guido Mantegax, j� anunciou que n�o haver� novas desonera��es em 2014.
Metas de infla��o
Pelo sistema de metas que vigora no Brasil, o BC tem de calibrar os juros para atingir as metas pr�-estabelecidas, tendo por base o �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE).
Para 2013 e 2014, a meta central de infla��o � de 4,5%, com um intervalo de toler�ncia de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Deste modo, o IPCA pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida.
Apesar de o sistema de metas de infla��o estabelecer uma meta central de 4,5% para o ano, o presidente do BC, Alexandre Tombini, tem se comprometido com um novo recuo em 2014.
Por G1