Terceirização: Grupos cancelam sessão na Câmara

Grupos ligados a sindicatos invadiram ontem a sala da Comiss�o de Constitui��o e Justi�a (CCJ) da C�mara para pedir o arquivamento do projeto de lei que regulamenta a terceiriza��o da m�o de obra no Brasil. Com o tumulto, a sess�o foi cancelada.

O presidente da CCJ, D�cio Lima (PT-SC), disse que a reuni�o de hoje est� mantida, mas que n�o vai p�r o projeto para vota��o. �As pessoas estavam no limite de passionalidade, e eu tinha que garantir a integridade das pessoas que est�o aqui. Eu, como presidente, n�o pautarei esta mat�ria. Mas existe a possibilidade de um requerimento entrar extrapauta, e a� terei de conduzir para deliberar.�

Na porta de um dos anexos da C�mara, perto de onde ficam as salas das comiss�es, houve confus�o envolvendo cerca de 200 manifestantes ligados � Central �nica dos Trabalhadores (CUT), que foram barrados. A pol�cia usou g�s de pimenta. Trinta policiais fizeram um cord�o de isolamento, e os manifestantes impediram a entrada de servidores e deputados na C�mara.

�Viol�ncia n�o ajuda. Aqui s� tem trabalhador. Utilizar g�s de pimenta, cassetete, � lament�vel. Quero registrar o protesto da CUT contra a trucul�ncia que gera trucul�ncia. Mas, para n�s, foi uma vit�ria: conseguimos cancelar a reuni�o da CCJ de hoje (ontem). E, amanh� (hoje), nosso povo vai estar aqui para garantir que n�o haja vota��o�, disse o presidente da CUT, Vagner Freitas. �Queremos que o projeto seja arquivado, porque ele � nocivo ao trabalhador.�

O tenente-coronel Maur�cio Gouv�a, comandante dos policiais militares que protegiam a entrada do anexo 2 da C�mara, disse que pediu que os manifestantes se afastassem.

Como isso n�o ocorreu e eles tentaram invadir o local e impedir a entrada das outras pessoas, foi necess�rio usar spray de pimenta, justificou.

Os manifestantes recuaram e permaneceram por alguns minutos em frente ao anexo, mas, depois da not�cia do cancelamento da sess�o, foram embora. Ap�s o recuo, pedras foram recolhidas pelos seguran�as.

Relator do projeto que regulamenta a terceiriza��o, o deputado Arthur Maia (PMDB-BA) criticou Lima por permitir que o presidente da CUT anunciasse o cancelamento da reuni�o pelo microfone.

�Cumpri o papel de entregar o relat�rio. Amanh�, ou o presidente D�cio Lima toma a clara no��o de que � presidente da CCJ e coloca em pauta o projeto, que � importante para o Brasil, ou haver� quem entregue um requerimento extrapauta.�

Ele disse que a presid�ncia da C�mara tem a obriga��o de garantir o clima de civilidade na Casa e defendeu que, mesmo com protestos, o texto seja votado hoje.

Fonte: O Popular